Intercâmbio em Malta

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Como e por que Malta?

Logo após terminar a faculdade de Letras, fiz meu primeiro intercâmbio, em Boston, nos EUA. Isso fez muita diferença na minha carreira como professora de português e inglês, e quando me aposentei como professora, me inspirou a trabalhar na área, aceitei prontamente um convite para trabalhar com intercâmbio na LA Viagens, franqueada da Experimento de São José do Rio Preto.

Sempre gostei de viajar e conhecer novas culturas, não perco as oportunidades que aparecem.

Malta não era um destino que estava na minha lista de prioridades, apesar de minha curiosidade em conhecer esse arquipélago localizado no mediterrâneo, entre a Sicília e África.

Como sou do tipo de pessoa que não resisto a um “vamos viajar?”, respondi prontamente a sugestão da minha irmã Erli, que também trabalha com intercâmbio na Experimento.

- Sim, vamos!

 Curso de idiomas para maiores de 50 anos.

A Experimento oferece esse curso super especial em Malta e Montreal, chama Club 50+. É um curso de inglês para pessoas com 50 anos ou mais, de 2 semanas, só acontece 2 vezes no ano em maio e outubro. Fomos em outubro.

Foi a melhor de todas as minhas viagens para o exterior.

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Malta é linda, animada, movimentada dia e noite. O país tem como principal fonte de renda o turismo. Programação não falta, tanto a vida diurna como noturna são animadíssimas.  

Quando você chega no aeroporto de Malta, ao sair da sala de desembarque, já vê o balcão da escola e um funcionário segurando a plaquinha com o nome da escola esperando para te levar para sua acomodação.

Chegamos no sábado, o que é ideal, pois no domingo no final da tarde já tínhamos um compromisso na escola “welcome activity”.

Escola EC Malta

Escola EC Malta

Éramos um grupo de aproximadamente 30 pessoas que variavam de 50 a 80 anos, maioria mulheres, 3 homens e uns 2 casais, pessoas de diversas nacionalidades, maioria europeus e um grupo de mulheres japonesas, que no primeiro momento achei-as tímidas, mas eram muito animadas, engraçadas e as mais tagarelas.

Brasileiras, sempre têm, minha irmã, eu e mais outras três. Ótimo para treinar o inglês, pois estávamos sempre em grupo nos tours da escola e nas nossas programações noturnas.

Nesse primeiro encontro de domingo, fomos caminhando, o apartamento ficava a uns 10 minutos da escola. Chegamos bem mais cedo e aproveitamos para resolver a questão de chip dos nossos celulares, pois ninguém em viagem quer ficar sem internet. O atendente da recepção da escola EC English deu um chip para cada uma e nos levou até a loja próxima para carregar nossos chips. Com celular e internet funcionado voltamos para a escola.

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Na escola, fomos recebidas pela coordenadora de eventos e diretor acadêmico, tivemos uma reunião com eles que nos apresentaram a programação das 2 semanas do curso, também o horário em que devíamos estar na porta de casa esperando o motorista para nos levar. Sim, motorista, uma van nos pegava na porta de casa, levava para escola e de volta no final do dia. Mordomia que só tem nesse programa do “club 50+” da Experimento.

A nossa coordenadora de eventos apresentou a programação de passeios e eventos do período da tarde e noite, depois nos levou para conhecer a região dos bares e agitos de St Julians, bem próximo a escola.

Nossa programação de 2ª a 6ª feira, era aula das 09:00 às 12:15h.  No primeiro dia de aula, foi aplicado um teste de inglês para nivelamentos das turmas. Fiquei em uma classe de 6 alunos, as aulas eram bem dinâmicas, não via o tempo passar. As outras turmas também com mais ou menos essa quantidade de alunos, todos muito satisfeitos com os professores e aulas. Na minha turma era mais conversação, com muita informação sobre a cultura maltesa e os hábitos culturais dos alunos.

Os Tours

Por volta das 13:00h, o ônibus estava esperando para nos levar para o tour. Alguns deles já inclusos no preço do programa, outros pagos.

Sábado fomos conhecer a ilha de Gozo e no domingo,  Comino, onde fica a Blue Lagoon.

Todos os Tours eram acompanhados pela coordenadora de eventos da escola e uma guia local.

A guia contava a história do lugar de uma forma clara e fácil de entender, uma vez que nesse grupo tinham pessoas de todos os níveis de inglês, do básico ao avançado. Tinha resposta para todas nossas perguntas, além do fato dela ser animada, engraçada e da mesma faixa etária do grupo.

Teve também algumas programações noturnas, como jantar no primeiro dia de aula para integração do grupo. Logo todos se conheceram e estavam contando de onde tinham vindo, falando de suas famílias.

Um tour a pé pelas 3 cidades históricas, Vitoriosa, Senglea e Cospicua foi outro programa noturno.

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Nos programas da tarde já combinávamos onde íamos a noite, normalmente um restaurante indicado pelo professor ou alguma outra pessoa.

Como nosso apartamento ficava em um ponto estratégico, entre vários bons restaurantes da ilha, logo virou o ponto de encontro.

Malta tem restaurantes ótimos, comida boa e com um preço muito bom.

Outro ponto que merece a atenção em Malta são as sorveterias, era um programa de quase todo fim de tarde, tomar um soverte apreciando o pôr do sol na orla em Sliema é imperdível.

As cafeterias e seus doces deliciosos eram bem-vindos quando o tour fazia uma pausa no meio da tarde.

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Nossa Acomodação.

Escolhemos ficar em um apartamento compartilhado com 2 estudantes da mesma escola, uma suíça e uma alemã, mas com quarto e banheiro privativos, as demais dependências eram compartilhadas. Como o apartamento era bem espaçoso e as regras eram bem claras a convivência entre nós foi ótima.

Cozinha ótima, toda equipada, mas só usamos para o café da manhã, e estocar nossas garrafas de agua mineral, pois em Malta água para beber, só mineral, lá não tem rios, as cidades são abastecidas por água do mar que passa por um processo de retirada do sal, mas fica com um sabor estranho.

O almoço tinha que ser próximo a escola, por conta da programação da tarde que era sempre por volta de 45 minutos ou 1 hora após o término das aulas.  Jantar optamos, juntos com os novos amigos, por descobrir os restaurantes locais, aproveitando sempre as dicas dos professores. Mas as nossas “homemates”, costumavam cozinhar, elas não eram do club 50+, eram meninas com pouco mais de 20 anos.

Nosso apartamento localizava-se bem na divisa das 2 cidades, Sliema e St. Julians, da sacada tínhamos uma vista deslumbrante. O nascer e o pôr do sol dessa sacada era um show diário.

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Lugares imperdíveis em Malta.

Popeye Village, cenário do filme estrelado por Robin Williams, em 1980;

Mergulho em Blue Lagoon, na ilha de Comino;

A cidade murada de Mdina, antiga capital da Malta,

Tour a pé por Valleta, atual capital de Malta.  Vale a pena se organizar para passar parte do dia, apreciar o pôr do sol e ver a cidade iluminada.

Tour pelas 3 cidades de Malta, as vilas de Vittoriosa, Cospicua e Senglea, são ricas em história.

Visitar a vinícola local, com degustação do saboroso vinho e queijos “Maltese”

Supermercados e lojas são outras atrações para compras de produtos de todos os países da Europa.

 

História de Malta

As grandes atrações de Malta além de sua beleza são sua história, sua arquitetura e cultura influenciadas por vários povos que lá dominaram esse paraíso no mar Mediterrâneo.

 Somente 3 de suas ilhas são habitadas, Malta, Gozo e Comino. Malta está habitada desde cerca de 5.200 AC. Por lá passaram vários povos, entre eles Fenícios, Gregos, Romanos, Árabes Mulçumanos, pertenceu a Espanha, foi invadida por Napoleão Bonaparte e depois tomada pela Inglaterra. Tornou-se independente em setembro de 1964. Pertence a União Europeia, sua moeda é o Euro, o idioma do pais é o maltês, mas o oficial é o inglês.

Malta é um pais onde mais de 90% da população é católica romana, é um dos países com mais católicos do mundo.

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Tem muitas igrejas em Malta, em Mdina, vi 3 igrejas em uma quadra. As igrejas são lindas, muitas em estilo barroco. Em Valleta tem a igreja de São Paulo, além de linda é riquíssima em obras de artes. A mais famosa é um quadro do pintor italiano “Caravaggio”. Visita imperdível.


Como chegar em Malta

Como não tem voo do Brasil direto para Malta, compramos uma passagem com conexão em Roma. 

Aí aquela ideia brilhante, já que...temos essa conexão por que não aproveitar rever e curtir uns diazinhos na bela Roma?

Foi uma semana só, mas tempo suficiente para mais um banho de história da humanidade, de cultura e se encantar com a beleza de Roma antes de voltar para casa, programando o próximo destino.


Raquel Moraes

Raquel Moraes, formada em Letras e Pedagogia, apaixonada por idiomas e viagens!

Fez cursos de idiomas fora do Brasil e acompanhou grupos de estudantes de High School , visitando várias escolas no exterior.

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